» » A MULHER SUNAMITA E ELISEU, O SANTO HOMEM DE DEUS!


"E ela disse ao seu marido: Eis que tenho observado que este
que passa sempre por nós é um santo homem de Deus". (2º Reis 4:9)
 
Eliseu era realmente um homem de Deus. Seu nome significa "Deus é Salvação". O sucessor de Elias foi um profeta exemplar. Seu trabalho profético, nos reinados de Jeroão, Jeú e Jeoacaz, que estão registrados no livro de 2º Reis, mostrou a corte idólatra e ao sacerdócio o mesmo espírito de oposição que inspirara Elias.
 
No texto de II Reis 4:9 notamos que esta mulher não teve um amor ágape a primeira vista. "Eis que tenho observado". A sunamita se revela uma mulher observadora, atenta a detalhes, vigilante, e não emocionalmente levada por uma simples "aparência" de "santo homem".
 
"...que passa sempre por nós..."
 
Não era a primeira vez que Eliseu passara próximo a esta mulher e seu marido. Ele já estava na observação apurada da sunamita que viu em seu viver, seu caráter, seu comportamento, que ele excedia em muito a outros que talvez já tivessem passado por ela se intitulando homens de Deus. Eliseu passou pelo crivo crítico de uma mulher rica, que não atentava para outros interesses, senão o de avaliar a santidade, a diferença na estrutura de homem de Deus, muito além das aparências religiosas.
 
"...passa sempre por nós..."
 
Outro detalhe a observar é que Eliseu não adiantou nenhum tipo de bajulação a esta mulher pelo fato dela ser rica. Eliseu não estava nem aí se ela fosse pobre, milionária, mas "passava" por ela e seu esposo, sem nada pedir, sem aproveitar da posição e poder aquisitivo dela. E isso despertou a observância da mulher sunamita na vida santa sem interesses da parte de Eliseu.
 
Mas nos dias de hoje qual homem poderíamos hospedar em nossa casa, com a garantia de ser realmente um"santo homem de Deus", sem sofrermos decepções?! Pelas aparências vemos todos os dias inúmeros pregadores pulando, sapateando, falando em línguas estranhas, tentando a todo custo passar a imagem de um "santo homem". As desilusões não são poucas de quem cai nas lábias de muitos destes que aparentam santidade. Cheques sem fundos, dinheiro emprestado nunca pago, e outras tristezas já decepcionaram lares, irmãos e igrejas em ciladas de quem pensava estar ajudando "Eliseus" do presente século. Homens que são um verdadeiro furacão de "poder" no púlpito, e entregam revelações e visões que nos deixam boquiabertos, e depois novamente ficamos boquiabertos, com estes mesmos homens, com o rastro que eles deixam de golpes aplicados, comércios, etc. É triste, mas é verdade! Muitos já viveram esta amarga experiência.  
 
Nos dias de hoje parece não haver mais tantos Eliseus assim. Mas há muitos "Geazis"! Após a cura da lepra de Naamã, nos conhecidos "Sete Mergulhos" em 2º Reis 5, Geazi, o moço de Eliseu, homem de Deus, achou injusto um siro Naamã ser curado da lepra e ele não levar vantagem nisso. E resmunga:
 
"Eis que meu senhor impediu a este siro Naamã que da sua mão se desse alguma coisa do que trazia; porém, tão certo como vive o Senhor, que hei de correr atrás dele e tomar dele alguma coisa". (2º Reis 5:20)
 
O delírio de Geazi o leva a perder a lucidez e o discernimento da vontade de Deus com sua ambição desmedida, seus interesses mercenários, seu interesse nos bens de Naamã: "...tão certo como vive o Senhor..." O homem malicioso é tão enganado por ele mesmo, que chega a ter uma falsa fé! 
 
E a astúcia dele em tomar alguma coisa de Naamã o leva a elaborar uma mentira para arrecadar os bens que não eram de seu direito. Observe: "Meu senhor me mandou dizer: Eis que agora mesmo vieram a mim dois jovens dos filhos dos profetas da montanha de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas mudas de vestes. E disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos". (vs. 22) Quando Eliseu o interroga, outra vez ele mente:
 
"E disse-lhe Eliseu: De onde vens, Geazi? E disse:
Teu servo não foi nem a uma nem a outra parte". (vs. 25)
 
A conseqüência de Geazi foi pegar a lepra de Naamã. "Era isso ocasião para tomares prata e para tomares vestes, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois, e servos, e servas? Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve".(vs. 26,27)  
 
A lepra de Geazi é mais manifesta nos dias de hoje do que o caráter de Eliseu, como santo homem de Deus. Basta se converter alguém de poder aquisitivo na igreja que as bajulações são infinitas. Mais que rapidamente o membro rico da igreja sobe de cargo e senta no púlpito como se tivesse pago por anos a fio o mesmo preço dos irmãos mais pobres da igreja. Pregadores, evangelistas e pastores traçam elogios e pouco fiscalizam a vida do membro que tem dinheiro. Não importa se ele vai a praia, usa bermuda e não segue à risca a sã doutrina da igreja. O dízimo dele o redime destes outros "pecados".
 
Não são todas as igrejas que agem assim. Graças a Deus muitas tem se mantido longe da "lepra geaziana".Mas o fato acima descrito não é novidade para muitos de nós. Em algum lugar, em alguma igreja, já presenciamos algo semelhante. Muito semelhante, diga-se de passagem.
 
Que a nossa vida cristã, como membros, obreiros e líderes, venha a se espelhar no carater de Eliseu, o santo homem de Deus.
 
"Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo
por isso condenados pela lei como transgressores". (Tiago 2:9)

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